Bullying: Palavra nova, problema velho.

sábado, 17 de julho de 2010


 
Bullying é um termo inglês utilizado para descrever atos de violência  física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma. 
                                                                          (Fonte Wikipédia)



Em uma reunião com amigos conversavamos sobre injustiças e situações que nos deixavam indignados, irados, quando foi a vez de Pedro* falar: 
_ Sempre fui muito injustiçado em minha vida, sofri muito na minha escola, com colegas...  Fui muito agredido por bullings em minha INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA. Hoje posso falar disso abertamente, porque estou mudando , mas  não superei isso totalmente. 

Apesar de ser professora e ter conhecimento de vários casos de bullying com pessoas próximas, fora a primeira vez que ouvira um adulto   dizer  que não se recuperara totalmente.
Existem marcas na vida do ser humano que permeiam até o fim dela. Tudo que acontece na infância e no decorrer da adolescência muito provavelmente fará do sujeito o adulto que será no futuro e aí nos deparamos com pessoas - crianças e adolescentes-  que sofrem violências físicas e psicológicas dentro de um  espaço, que se pressupõe, ser seguro, amigável, de interações positivas, quando para estas mesmas crianças representa uma câmara de tortura.  Quantos medos, frustrações, humilhações estes indivíduos sofrerão?

Estamos falando aqui do espaço escolar, mas existem outros  que podem ser utilizados para prática do bullying, como a internet. São os chamados cyberbullyings- violênica virtual.  
Este tipo de situação acontece com frequência, porém muitas vezes não é percebido pelos adultos, ou se é, muitas vezes não são tomadas providências adequadas.

Como identificar vítima e agressor?

Depressão, baixo auto-estima, ansiedade, abandono dos estudos – essas são algumas das características mais usuais das vítimas.  De certa forma, o bullying é uma prática de exclusão social cujos principais alvos costumam ser pessoas mais retraídas, inseguras. Essas características acabam fazendo com que elas não peçam ajuda e, em geral, elas se sentem desamparadas e encontram dificuldades de aceitação. “São presas fáceis, submissas e vulneráveis aos valentões da escola”, explica Cleo Fante, especialista no assunto.

Além dos traços psicológicos, as vítimas desse tipo de agressão apresentam particularidades, como problemas com obesidade, estatura, deficiência física. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos. “Também pode acontecer com um novato ou com uma menina bonita, que acaba sendo perseguida pelas colegas”, exemplifica Guilherme Schelb.

Os agressores são geralmente os líderes da turma, os mais populares – aqueles que gostam de colocar apelidos nos mais frágeis. Assim como a vítima, ele também precisa de ajuda psicológica. "No futuro, este adulto pode ter um comportamento de assediador moral no trabalho e, pior, utilizar da violência e adotar atitudes delinqüentes ou criminosas", detalha Lélio Calhau.

Fonte: Revista Nova Escola; abril de 2008.

 O bullying pode ser evitado? Como?


Enquanto professora, posso dizer que primeiramente, a observação da turma dentro e fora de sala de aula é muito importante.   No tocante ao rendimento escolar, quedas bruscas individuais podem trazer indícios que algo esta acontecendo.
Cabe ao professor propiciar melhor interação dos alunos em sala de aula: Abertura para conversas, onde os alunos possam  expressar seus sentimentos;  atividades em grupo onde a solidariedade, respeito e tolerância possam ser trabalhados e vivenciados. A comunicação é sem dúvida nenhuma, uma "arma" de prevenção eficaz contra o terrível bullying.

Importante:  Você  aluno, sofre algo assim? Se liga, você não é obrigado a passar por isso! Não se cale! Existem pessoas que podem te ajudar, a escola tem por obrigação zelar pelo seu bem estar. É direito seu!
Todo agressor precisa se firmar de alguma maneira, porque certamente é tão ou mais inseguro que suas vítimas.

Professor fique atento!








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